sexta-feira, 9 de setembro de 2011

P'ra vocês...

Pensei em N maneiras de começar esse texto. E acho que a maneira mais adequada é como se começa um enterro. Nunca fui a um enterro, mas imagino que deva ser algo parecido como mandar depoimento no orkut. Tão constrangedor quanto. Faço 27 anos hoje. Eu me jurei nunca passar dos 27. Antes de Amy Whinehouse resolver banalizar a morte aos 27. Bem, ainda estou no meu prazo, tenho mais um ano pra decidir se morro ou se vou pro asilo.

Morrer aos 27 tem lá suas vantagens. Sempre vão falar como você era jovem e tinha uma vida inteira pela frente. Mesmo que você seja nerd, anti-social, black metal e tenha síndrome do panico, sempre vão achar que você tinha uma vida inteira pela frente. Quem frequenta a PGM sabe bem do que estou falando.

Tenho complexo de Peter Pan. Aos 27, idade de nego já estar longe estou saindo de casa, no meu primeiro emprego e conservo meu cabelo e meus piercings de quando era adolescente, pelo menos aqueles que minhas doenças ainda não expulsaram (tenho hospital semana que vem pra tirar os derradeiros que estão inflamados me mostrando que a fase passou).

E pra mim era digno morrer com o povo da creche, até que conheci o povo do asilo imaginário. Ontem vi um desenho de um bonequinho que ficava na água só pra ficar enrugado e ser considerado velho e poder ficar no asilo porque lá ele podia ser livre e era mais feliz que com as crianças que ele convivia. Fiquei pensando naquilo antes de dormir.

Acordei péssima, faltava só um dia pra eu chegar na idade das decisões. Tive um dia cheio, evitei lembranças, mas quando voltei pro cafofo tive que voltar a minha realidade e entrei no facebook.

Lá eu vi meus primeiros parabéns. Logo eu que detesto votos de feliz aniversário, fui TODA feliz ver o que me esperava e carregava o título de "Fada Camila".

Estava precisando de um UP na moral, mas encontrei muito mais que isso. Encontrei a homenagem de um grande amigo. Que só vejo pequenininho numa foto, mas que sempre tá ali, sempre todo feliz mesmo tendo que sair na chuva com um saco plástico na mão pra recolher cocô de cachorro. Que toma café até 1 da manhã mas nunca perde o sono. Saca o sono dos justos? deve ser o dele. Sono de criança, daquele que diz que vai pro asilo, mas é um menino ainda, com toda aquela ingenuidade caracteristica.

Outros amigos também comentaram em seguida, e todos fazem parte do asilo imaginário. Aquele que eu troquei pela creche, aquelas pessoas que eu acho que valem a pena passar o resto da vida vendo fantástico, novela e fofocando, nem sempre passando por coisas boas, mas tamo sempre ali, do mesmo lado do muro. E mais do que nunca, reitero que meu lado é do lado de cá, das véia pelancuda, aqui no asilo que a gente construiu e espero que possamos viver por muito tempo, enqto durar o que nós construimos, comendo as comidas da Lucy com nossas dentaduras, cuidando da Bah, nossa caçula, enfim, cada um fazendo o seu papel, porque cada um tem sua importância no asilo imaginário.

E eu que tanto temi os 27, não vejo a hora de ter 90 pra ir pra lá...


Com amor, Camila.

Inferno astral VS anjos

Eu nunca curti muito essa coisa de horóscopo. Vejo mais por desencargo de consciência, assim como lia Paulo Coelho, mesmo achando risível. Mas taí uma coisa que eu sempre acreditei foi o inferno astral. Olha, INFALÍVEL. Não sei quais os motivos, não sei se é saturno alinhado com vênus ou se é porque você sempre para pra pensar nas suas últimas realizações, o que significou esse ano a mais, e você compara com seus planos do ano passado e vê que tudo caminhou pra caminhos opostos. Não que isso seja ruim, mas é diferente, e eu odeio perder o controle das coisas.

Acredito na segunda hipótese, na de que você se auto-avalia sempre que está prestes a acontecer algo, antes de todo fim de ciclo, o que quer dizer que eu tenho inferno astral antes do aniversário, natal, dia do índio e afins, mas no meu aniversário a coisa complica o triplo de outras datas.

E eu fico pensando, sabe, o que eu conquistei? Eu mudei um horror, fato, mas eu conquistei uma coisa que eu tinha aberto mão há tanto tempo... não vou macular a postagem com minhas reclamações, com certeza vou reclamar lá também, da mesma coisa que aqui, soar repetitiva, mas eu preciso de uma nova postagem, mais clean e sem tears for fears de fundo. Alguém sugere algo antes que eu ponha Roberto Carlos?

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Música do dia






Trilha sonora da noite. Foda. Não podia ter melhor.

Cê tá numa luz fraca, longinqua, barulho de chuva no telhado, só falta uma música de motel pra completar o clima. Ei-la.

Volto ao tema da nostalgia.

Você sabe de quantas pessoas sente saudades?

Chuva

Forever alone

Tem tempo que não escrevo aqui. Poderia falar que minha vida é muito corrida ou pacata demais e não há o que escrever. Bem, nenhum dos dois. Minha vida é corrida, mas me sobra tempo pra caralho. Tem muito o que escrever, mas me falta boa vontade. Eu deveria ajudar os somalianos, escrever mais no blog, plantar uma árvore e separar o lixo seco do orgânico.

Mudei pra JPland. O único lugar que tem uma estátua do João Paulo (aquele do Daniel) como boas vindas da cidade. Tão freak que me sinto em casa. Eu e Botucatu temos uma relação especial. Ela me fere com as suas ladeiras, com seu frio cortante, e eu devolvo com reclamações, ingratidão e um post nesse blog.

Depois de meses que estou aqui (dois meses e 10 dias pra ser mais exata) tivemos nossa primeira chuva desde que vim a última vez.

É uma chuvadiferente daquela que tomei da última vez, inconsequente, adolescente, quase um banho de piscina no play aos 7 anos. Essa é preocupante, cheia de preocupações com os sapatos na área já que agora cuido dos meus sapatos que secam. Mas tem um clima diferente.

Sempre associei chuva a solidão. Um amigo certa vez me disse: "nunca se molhe sozinha".

Infelizmente não tenho muita opção agora, mas descobri que é bem melhor. Me senti meio mal quando apaguei minhas luzes, coloquei um Pearl Jam no rádio e fui ver a chuva. Mas passou em segundos.

E nunca me senti tão completa, tão feliz com a minha própria companhia. Talvez o barulho da chuva abafe os meus pensamentos obscuros, mas tô bem, tô me sentindo num lugar diferente de tudo mas que desde pequena povoa meus pensamentos. Nunca vi, sempre te amei, sacomé? Um dejavu de cenários, de sensações, único.

É solitário, é a primeira vez que me vejo só depois de muito tempo. Mas eu trocaria meus pastéis da geladeira pra não sair dessa sensação nunca. A solidão tem sido benéfica, por incrivel que pareça me amenizou as saudades.

E eu que da janela do quarto da minha mãe olhava o breu e chorava de pânico em ter que estar sozinha numa situação dessas...

Mas hoje sou só eu, meu alter ego e meu eu lírico. E tamo bem assim, obrigado.

Muita coisa pra escrever, na próxima cerveja volto aqui. Ou não, porque hoje não tenho obrigações.




I'm singin in the rain
Just singin in the rain,
What a glorious feeling,
and I´m happy again.
I'm laughing at clouds
So dark, up above,
The sun´s in my heart
And I'm ready for love.

Let the stormy clouds chase.
Everyone from the place,
Come on with the rain
Have a smile on my face.
I'll walk down the lane
With a happy refrain
Just singin
And singin in the rain

sábado, 23 de abril de 2011

Sabadão de aleluia. 10 pra meia noite e tô meio perdida. Tipo virada de ano novo que você não sabe se chora, se pula onda, se come romã ou se chora com a boca cheia de romã, pula 30 ondas e se mata afogado torcendo pra yemanjá não devolver o despacho. Fico meio assim com feriados e quando vai chegando perto entro em pânico.

A coisa não melhora muito quando você está na casa da sua avó com um pijama da sua infância porque esqueceu o seu e mesmo sabendo que vc não cresceu mais de 10 cm e sempre sofreu por ser gorda na infância ele está estourando e qualquer movimento brusco rola um strip tease involuntário. E ele nessa época não deixava seus peitos parecendo qualquer coisa redonda e gigante espremida e achatada.

Tão bonita aquela história da ex gorda que volta gostosa na reunião de ex alunos e é a mais fodona, gostosa e bem sucedida profissionalmente... Onde será que está hoje em dia o povo dessa época? God, o que eu fiz da minha vida??? Amanhã doarei os ovos que ganhei, ficarei apenas com meus culhões imaginários, careço deles. Dieta já.

Bem, se depender de mim não teríamos um final feliz. Já falei sobre a minha paixão absurda pelo sujo, pelo tosco e pelo miserável?? Assim que for ali fumar um cigarro escondido porque estou bebendo cerveja clandestina escondido eu conto. PS: Pra quem bebe escondido da avó fica a dica pra não fazer barulho, abra com abridor de latas. Minha boca sangra mas ainda tenho dentes, vovó nao os arrancou.

Cara, taí, vou embora dia 8, é o máximo que me dou, guento mais essa vida não.

terça-feira, 5 de abril de 2011

1º dia

Pois é, parei de beber e estou há quase 24 horas limpa. Incrível como NADA tem graça. Jogar, comer, trollar comunidades, falar com gente. Um saco.

Sem vontade de fazer nada.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A volta dos mortos vivos

Nego que eu mato tem nem a decência de esperar 3 dias pra ressucitar. E depois ainda te dá um susto pra você perceber que nem queria que morresse. A não ser que seja pelas suas mãos.

Eu nunca tive uma vida regrada, sempre fui a doentinha da família apesar desse bochechão rosa me desmentir. E sempre me atraí por gente igual. Meus amigos e minhas vadias sempre foram podres por dentro. Ludy comia comigo na rodoviária todo fim de semana. X tudo + suco = 1 real. E tudo mesmo, incluindo cabelo, bandaid e objetos crocantes não identificados. Isso depois de tomar pinga, muita pinga.

Jack passou comigo uma semana bebendo chora rita com refrigereco e comendo banana quando precisava porque não tínhamos papel higiênico. O Clóvis andava 8 km comigo revirando lixo pra comer com um barrilzinho de pinga na mão enquanto a gente caçava uma farmácia aberta pra se entupir de remédio.

Minhas vadias dormiam comigo no chão da rodoviária, lembro que tive uma PUTA insolação porque dormi até meio dia do lado do teatro nacional com uma delas. Ambos bêbados pra variar. Dias sem comer fazendo percursos que nem mala faz, sempre com umas 3 garrafas na mochila.

Passei dessa idade, passei tarde até, vivi assim até meus 23, mas ainda coleciono hábitos nada saudáveis. Sou a pessoa mais sedentária que conheço, bebo 28 dias por mês, fumo duas carteiras de cigarro por dia e como mal, muito mal, geralmente um ruffles gigante qdo a bebida acaba.

Não que me orgulhe disso, mas curto essa vidinha, apesar das consequencias. Sempre tô bebada demais pra ligar.

Mas aí você vê nego se fodendo. Gente que você não quer que morra (pelo menos não quando vê a chance disso acontecer) e começa a pensar num bocado de coisa. Não que minha vida vá mudar, mas acho que vou começar a caçar amigos e machos na porta dos encontros dos vigoréxicos/ortoréxicos anônimos. Porque olha, taí algo que me mata mais que cerveja com ruffles, sedentarismo e cigarro é ver nego doente e eu não poder fazer nada pq tô a sei lá quantos mil km de distância.

Fica bem logo porra, que mês que vem tô aí. Preciso de nego saudável, bem alimentado e gordinho, medirei o dedo todo dia através da jaula pra ver se já tá bom pra eu mandar pro forno...



sábado, 2 de abril de 2011

Place

Cara, esse é o pior layout pra ler de todos que vi. Mas há algum tempo atrás falei do lugar onde tenho minhas desassociações, minhas viagens internas que apago do mundo e mano ESSE É O LUGAR. E é mais ou menos o que esse blog representa.

Como matar pessoas e não ir pra cadeia

Capricho - Since 95 deixando você super antenada na zoofilia.


Eu tenho 26 anos. Quase uma balzaca, mas costumo ser mega infantil. Nunca li Marie Claire na vida, então os únicos conselhos de como se portar num relacionamento que já li foram na Capricho e na Atrevida. Ou seja, minha mentalidade emocional parou nessa época. Nunca soube me portar.

Em decorrência disso sempre me pergunto se o que eu cobro das pessoas é porque sou uma criança mimada ou se as pessoas realmente não se importam o mesmo tanto que eu com certas coisas. Então fico com medo de ser pau no cu e me afasto. Cansei de fazer a moçoila chorosa fazendo a Perlla cantando Tremendo vacilão. Titia tá velha. Apesar de imatura e ouvir Perlla.

A Mary X fez um post sobre até quando a gente vai se iludir com esse padrão comportamental que meia dúzia de mulheres inconformadas com a rejeição repassaram pra toda uma geração e nos convenceram. E eu fiquei meio balançada com o post. Segue mais ou menos o que eu lia por aí.

"Se o gatinho que você está paquerando sumiu, não se despere. Jajá ele liga, bobinha... Se não ligar é porque te ama e tá com vergonha ou sem reação. Se te ligar é porque te ama também e venceu a vergonha por você (toca we are the champions)." Resumindo, ele só não vai ligar se tiver morrido, ou virado monge no Tibet ou se ele estiver cuidado da tia com unha encravada, mas os meninos são assim mesmo, lembra aquele garotinho no maternal que te esnobava e anos depois você descobriu que era apaixonado por você?

Me recuso a acreditar que tô a fim de um cara que repete o comportamento típico da primeira série. De retardada basta eu. Mas pode piorar quando você é psica. Você imagina que nego morreu. Porque né? Que justificativa tem pra não ligar? Morreu. Mas pior que morrer é imaginar que ele não vai muito com a sua cara a ponto de não se importar, você sente saudades e frio na barriga sozinha. Eu particularmente preferia que tivesse morrido. Tropeçando no vestido porque virou monge no Tibet. E virou monge como promessa pra curar a unha encravada da tia. É a única desculpa que eu aceito.

É Mary, odeio admitir, mas vc tá coberta de razão. Não te amo a toa, diliça.

E cara, como fui infantil com todas as minhas expectativas. Não digo hoje, mas no decorrer da minha vida, esse não é um post direcionado, é uma constatação.

Mas se eu prefiro lidar com a morte alheia que com o descaso das pessoas que eu faço?


- Na noite de hoje veremos o caso Camila Bobbitt

Bem, eu mato pessoas. Pra mim. Em mim. Hoje foi o velório de mó galera e eu tô aqui bebendo os mortos. Uma chacina praticamente.

Chorarei a morte até a missa de sétimo dia e depois né? Não sou obrigada a fazer a viúva negra forever.

Um DEP (descase em paz, pra quem não frequenta a PGM) também pra coerência de nego que xinga a pessoa humana de tudo quanto é nome e depois a chama pra sair.



ps: Fui ameaçada de morte again pelo Lauro hahahahaa NEGO NAO SUPERA. Depois escrevo sobre isso.

Wish I was too dead to cry

Quer saber? Can-sei.

Vou viver.

Mas antes vou ouvir Stone Sour, despedida dos tempos de zumbi.

quinta-feira, 31 de março de 2011

A paixão segundo G.H.

É em um pequeno quarto, estimulada pela visão de uma desprezível, nojenta e escatológica barata que se desencadeia, em G.H., todo um processo interno de reflexão e de busca de identidade. Ela experimenta, diante da barata viva, aquilo que considera a sua pior descoberta: "a de que o mundo não é humano. E de que não somos humanos".


Quando era mais nova li esse livro. Odeio quando acaba livro. Fecho e penso E AGORA? É como se todos os meus amigos tivessem ido embora. Como se me soltassem em um lugar onde conheço nada nem ninguém. Não é desesperador, é solitário e eu morro de preguiça de reconstruir relações, acho que por isso ainda falo com um bando de gente pau no cu. Por isso permaneci anos em relacionamentos porcos e destrutivos. Mas com esse livro foi diferente, acho que não pesquei nada do livro, só olhei pra capa e pensei: que nojenta, ela come barata... e em seguida fui viver.

Eu pretendo mudar de Brasília em um mês. Nunca trabalhei na vida, nunca saí da barra da saia da minha vó/mãe. Já fiz uns bicos, mas nada de ter que acordar 7 da matina de segunda a sexta. E aí eu vi uma barata.

Eu que estava com ódio da minha mãe garrei no telefone e pedi socorro pra ela. E agora que vi o quanto sou dependente dela. E vingativa, porque já separei um filme de terror pra deixar rolando num dia que eu for dormir fora já que ela vai dormir na casa de uns amigos.

As pessoas tem batido muito nessa tecla sabe, de COM QUEM VOCÊ VAI CONTAR QUANDO FOR EMBORA DE BRASÍLIA? Meus amigos estão aqui (pelo menos é o que eles pensam), minha família, que idiotice sair daqui ... E eu vou pra sala fugir da barata e esperar que os gatos se encarreguem de matar quando vejo OUTRA BARATA. Cabou meu dia.

E aí aparece outra no banheiro dos fundos. Odeio vizinhos que detetizam a casa e NÃO AVISAM pro outro vizinho se prevenir da chuva de baratas. Segunda vez que isso acontece esse ano.

PS: eu tenho PANICO de barata. Não é nojinho. Na verdade é PAVOR de qualquer inseto, se entrar mariposa na minha casa eu choro, mas baratas e ratos pra mim são problemas sérios.

Então eu me senti vazia... Eu sentei e chorei. E resolvi ligar uma da manhã pro meu futuro chefe pra reclamar das baratas. Ele me disse que as baratas de lá da cidade onde eu vou voam na testa, mas ele me ouviu xingar baratas por umas duas horas até acabar a bateria do telefone, me ouviu vomitar sem esboçar nenhuma vontade de desligar.

E esse era um post pra xingar meu vizinho, mas as coisas ficam claras pra mim quando escrevo. Tô em Brasília, moro com a minha mãe, amanhã vou dar a notícia pra minha avó que me criou e tô MORRENDO de medo. É aqui que vivi a vida toda, aprendi tudo o que sei, que conheço todo mundo, é onde estão os meus. Será? Quando tinha uma barata na minha sala quem é que segurou a minha onda? Alguém que as pessoas acham que não sei quem é direito e conheci numa comunidade de gente morta e mora há mais de 1000 km daqui.

Eu estou falando sobre baratas, matando baratas, chorando de medo das baratas, vomitando por causa das baratas e ouvindo música de baratas desde meia noite... e desde então ele tem me aturado. 3 horas e meia ouvindo a música da barata gordinha malandra e uma barata chamada kafka com alguém aos berros no telefone.

Comé que é mesmo aquele papo de que é aqui em Brasília que estão as pessoas que eu posso contar?

Olha eu tava cheia de medos e dúvidas, mas aquela(s) baratas me fizeram tomar a maior decisão da minha vida...

Mas acho que mesmo assim nem rola de comer a barata, sorry Lispector, mas pqp ein...

PS: Boss, brigadão (L)

Ofereci a ela
Um disco do Sex pistols
Ofereci a ela
Uma batida de limão
Perguntei se ela
Gostava dos Beatles
Perguntei se ela
Era de escorpião...

Ela disse: Sim!
Vem cá ficar comigo
Sim! Goste de tudo que eu gosto
Sim! Vem cá ficar comigo
Sim! Vem, kafka...

Você mora na barata ribeiro
Num edifício
Que tem um buraco
Perto do chuveiro
Já se drogou com detefon
Insetizan, fumou baygon
Tudo quanto é tipo de veneno
Você acha bom...

Como posso evitar
Essa coincidência
Encontrar uma barata
Com a minha aparência
Como posso evitar...


Quase chamando as baratas pra ouvir uns sex pistols, porque doidona de baygon eu já tô.






terça-feira, 29 de março de 2011

Sentimentalismo [ON] [OFF]

Nego me toca Emoções do rei e corta pra J quest cantando a múzga da macacada reunida. Não sei se fico feliz porque meio que parei de ficar emocionada e voltei pra vida real ou se fico puta, tipo nego que se roça em mim a noite toda que não quer dar. Isso define minha atual situação, meu saco imaginário dói agora.

Shora mim liga implora meu bgo de novo, me pede socorro...

Nego quer muito que eu morra com o combo final do BBB + Roberto Carlos.


Oi conic.

Tô viada

Todos os meus amigos viados com menos de 20 são declaradamente fãs de Glee. Todos os meus amigos viados que tem mais de 20 são fãs de Glee. Sem essa vibe tiete toda, mas são, quase com vergonha, mas são. Tô quase desapegando da abertura que tocava a música do ex (láaa na primeira temporada), largando meus traumas e indo assistir.

Esperem lágrimas do resultado disso pq assim, pelo que eu entendi é um bando de loser e meio que me identifico. Vamo lá esvaziar a caixa dágua que você tem no lugar do cérebro?

sexta-feira, 25 de março de 2011

Poema em linha reta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;

...

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Álvaro de Campos

(mais uma lembrança enquanto caçava atualizações no "Te amo, porra")

Away

Pronto, passou.

Lendo a PGM e to mais uma vez sendo espectadora de outra vida, uma daquelas que me arranca da minha. Assim como fiquei com a Francine, com o Yoñlu.

A história da Silvia é FODA!

Estou ausente da minha vida por uns dias. Da minha e da sua.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Contradição

Tem nego me chamando de contraditória. Mas vou falar um negócio. Eu tenho um moicano. mais de 20 furos de piercings pelo corpo, tattoos e essas coisas rockers e punks (incluindo todo um discurso anti capitalismo). Mas titia me deu um Gucci que eu meio que mato se alguém roubar e tõ ouvindo Jorge e Mateus. Então meu cu pra tudo que eu disse ou que você achava que eu era. Caguei.

Não que eu cague pra opinião das pessoas, pelo contrário, tenho uma necessidade de aprovação que beira a doença, apesar de ninguem sacar isso porque bato de frente com todo mundo. Nome disso é testar limites, paciência e ver até onde nego me atura "por amor".

Mas cago pro que pensam das minhas contradições. Não de mim, mas das minhas contradições.

Lembra que eu falei que bêbado só fala verdade? Balela. Só que agora eu tô bêbada e sendo sincera, então fique aí as voltas com o paradoxo todo.

Enfim pegue tudo que eu falo. Divida entre: Mentiras, verdades, exageros, distorções ao meu favor, discursos apaixonados a respeito do que não me importo, apatia perante minhas paixões. Sinceridade exacerbada com mentiras deslavadas ditas aos prantos, só pra me causar algo que tõ a fim, nem que seja um pouquinho de adrenalina ou satisfação cruel ou posso até me fingir de morta pra conseguir perdão de alguém que nao quero pedir desculpas. Agora vamos brincar de descobrir o que é o que? Pois é. Nem eu sei onde se encaixa o que.

Mas aí chega o ponto que você não quer falar nada. Nem mentiras, nem verdades, nada. Só não quer falar. Não quer que saiba seu endereço. Não quer que te olhe na cara nunca mais. E aí você lembra que é uma repetição do que você viveu a vida toda. Você some pra chamar atenção. Você exclui nego porque queria falar mais com a pessoa humana e não pode. Não quer mais ver pra poder ver mais tempo.

Agora chupa essa manga e me explica. TEM CURA? Porque quero mais ser assim não.

domingo, 13 de março de 2011

Picassos Falsos

Acho meio pau no cu postar música mas preciso lembrar dessa amanhã e né? Tô bebada, nem vou lembrar.

Você é minha cadeia enjaulado fico preso no seu corpo
Você me caça em suas teias como seu escravo
Selvagem não me canso
Pra que fugir me entregar é a única saída
Como seu escravo me perdi na sua selva
O meu coração o meu coração preso nessa cela abre as pernas
Da sua paixão
O mundo anda mal mas sou eu que não presto
Sou resto
De uma idéia
De uma nova rebeldia
O povo dessa selva se balança de alegria
Vejo a tristeza se encharcar de euforia
Bamba balança balança suas rédeas querem o meu leite o suor das minhas tetas
Você me encontrou e fechou todas as portas bebe do meu leite do suor das minhas tetas.
O meu coração o meu coração preso nessa cela abre as pernas
Da sua paixão
Enquanto feras estão soltas você me tortura a cada carência
E a cada violento arranhão
Se pensa que isso é paixão esqueça
Certas coisas não se sentem só no coração
Será que alguém entende o meu amor
Você deve compreender o meu estranho jeito
De ser demente escravo do seu corpo
Ou também acha esse o meu maior defeito?
O meu coração o meu coração preso nessa cela abre as pernas

sábado, 12 de março de 2011

Chimbinha feelings

Hoje conversei com uma das minhas mulheres. Aquela que você olha e queria ter um pinto só pra comer porque a nega é foda.

E aí você se dá conta que SEMPRE se apega ao passado, mas não porque seu passado é o must e você era feliz e não sabia, mas porque o presente é bem mais trágico.

Então você escuta "A lua me traiu" e pensa no seu futuro. Como poderia ter sido? E quando calypso é a trilha sonora do seu E SE? é que você tá na merda.

Muito na merda.
Oi, meu nome é Camila e eu excluo postagens vergonhosas.


Oiiiiii Camilaaaa...


Só pra daqui a mais algumas cervejas postar outra pior. Sou dessas.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Ctrl C Ctrl V do dia

Kibado do "Te amo, porra". Recomendo muito.

"Mas a exclusão, que me impus, dos fins e dos movimentos da vida; a ruptura, que procurei, do meu contacto com as coisas levou-me precisamente àquilo a que eu procurava fugir. Eu não queria sentir a vida, nem tocar nas coisas, sabendo, pela experiência do meu temperamento em contágio do mundo, que a sensação da vida era sempre dolorosa para mim. Mas ao evitar esse contacto, isolei-me, e, isolando-me, exacerbei a minha sensibilidade já excessiva. Se fosse possível cortar de todo o contacto com as coisas, bem iria à minha sensibilidade. Mas esse isolamento total não pode realizar-se. Por menos que eu faça, respiro; por menos que aja, movo-me. E, assim, conseguindo exacerbar a minha sensibilidade pelo isolamento, consegui que os factos mínimos, que antes mesmo a mim nada fariam, me ferissem como catástrofes. Errei o método de fuga. Fugi, por um rodeio incómodo, para o mesmo lugar onde estava, com o cansaço da viagem sobre o horror de viver ali.

(...)

Conviver com os outros é uma tortura para mim. E eu tenho os outros em mim. Mesmo longe deles sou forçado ao seu convívio. Sozinho, multidões me cercam. Não tenho para onde fugir a não ser que fuja de mim.

(...)

O prémio natural do meu afastamento da vida foi a incapacidade, que criei nos outros, de sentirem comigo. Em torno a mim há uma auréola de frieza, um halo de gelo que repele os outros. Ainda não consegui não sofrer com a minha solidão. Tão difícil é obter aquela distinção de espírito que permita ao isolamento ser um repouso sem angústia."

Fernando Pessoa, te dedico. MINHABRAÇA

Tempestade pós bonança

Minha infância foi permeada pela idéia de que tudo tem uma recompensa. Sempre levei isso muito a sério e achei que se aplicasse em todos os aspectos da minha vida. Não que eu lute pelas minhas recompensas, mas as vezes a gente acerta na cagada e espera que ela venha de alguma forma.

Quando cresci esse sistema de recompensas foi por água abaixo, e ao invés de trabalhar e receber, no fim do mês você recebe antes e fica com aquela sensação o mês inteiro de estar devendo. E quanto mais alto o seu salário mais as pessoas tem o direito de por na sua bunda.

As pessoas agem assim o tempo todo. A gratidão se transformou no sentimento mais incômodo da minha vida. Minha mãe me implantou esse trauma, de sempre que receber algo esperar a cobrança, gastar todo o meu dinheiro tentando agradar, e mesmo assim nunca vamos estar quites, até que eu faça EXATAMENTE o mesmo, pagar com outras coisas não serve, ou é da mesma forma ou com a moeda que ela decidir. E eu tenho que adivinhar qual é, seria fácil se ela não fosse mais bipolar que eu.

Odeio carnaval. É quando as pessoas se fantasiam de tudo aquilo que queriam ser o ano inteiro. Pessoas desapegadas de qualquer responsabilidade moral, social, você pode ser um chefe de uma repartição com uma fantasia de coelhinha desfilando seus dotes escondidos. Tão hipócrita quanto natal, as pessoas acham uma desculpa pra fazer deliberadamente tudo aquilo que fazem escondido o resto do ano. É carnaval! Eu posso tudo. Menos ficar em casa bebendo uma cerveja e vendo big brother... Ahhh, isso nao pode. E quando ficar na sua vira uma crítica constante na sua vida e você é obrigado a ser feliz no carnaval no método tradicional isso vira um tormento. E quem disse que não me diverti muito mais que você que tá aí de cara feia porque um peão passou a mão na sua bunda e cabou com sua noite ou com a sua vida pq isso resultou em divorcio?

As pessoas não conseguem ser infelizes sozinhas. Elas precisam repassar isso. A frustração parece que tem que tomar conta do ambiente, um incenso de mágoas e raiva e quem tá lá tem que cheirar, querendo ou não. Nunca fui dessas de escrever no orkut "meu sucesso te incomoda". Mas tem gente que não suporta me ver feliz, e quando esse "gente" envolve minha mãe a coisa é bem pior.

Isso tudo pra dizer que eu pude ficar com a casa pra mim durante 4 dias, claro que paguei por isso em dinheiro, favores e cara feliz nas semanas anteriores, muito mais do que pagaria num hotel, mas nunca vai ser o suficiente.

Escova quando a dondoca quis sair cocota, comida pronta, dinheiro, tentativas de ser agradável (coisa que não sou e me dói um bocado ser), e mesmo assim tô me fodendo. E fecharei o mês com aquela sensação de dívida eterna, mesmo tendo pago e dado meu suor e sangue pra poder ter paz pelo menos enquanto meu salário durasse. E esse vai ser o mês mais longo da história.

Revi recentemente um vídeo e é meio assim que me sinto, o Charlie, o unicórnio, indo pra candy mountain muito receoso pelo caminho e chegando lá após ser convencido que aquele seria o mais legal, acorda sem os rins... (não viu o vídeo? clicaqui)

Devia ter ido pra um hotel. Mas não troco o que vivi aqui por nada. E agora doutor?

quarta-feira, 2 de março de 2011

Computador novo.

Queria um pc novo há anos. Ganhei um da minha vó (brigada vóoooo) só pra ter a certeza que não nasci pra jogar the sims, simplesmente não roda.

Vou ter que matar pessoas na vida real, mas esse não é o problema, o problema é aprender a cozinhar em cinco minutos. E não sei se meu vizinho vai querer casar comigo só pra limpar o banheiro.

terça-feira, 1 de março de 2011

Música do Ayrton Senna

Brasillllllllllll é ritmo de festa... Olha, tem tempo que tô triste pelo Brasil. Nego aqui só vota errado. Fodam-se os 4 anos da minha vida com deputados, presidentes e afins, mas pela primeira vez eu vi um voto certo no Brasil. Ok que é no BBB. Mas é minha esperança MIM LARGA.

Não tô mais querendo mudar pra Botswana por enquanto. Só por enquanto.


EDIT: Cabei de largar a dieta da beyoncé, PAULETTE, VC MERECE!


Comerei macarrão. Se foda a Paula, mas achei legal ter um motivo pra comer e ser gorda.

Suicide Solution

Um dia você percebe que domingo e terça são os dias mais importantes da sua vida. E aí você pensa. E descobre que o motivo é o BBB. E aí você se mata. The end.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O segundo dia do resto da minha vida

Nunca curti muito segundas feiras, tem cara de recomeço de dieta com 3 kgs ganhos no fim de semana. Ok, engordei só 2, mas porra, muito chato.

Apesar de também odiar domingos, era um domingo diferente, era o primeiro dia da minha vida. O segundo dia da minha vida numa segunda feira tá uma merda... Da próxima vez o primeiro dia do resto da minha vida vai ser uma quinta feira. E tenho dito.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O primeiro dia do resto da minha vida parte 579347

Há algum tempo penso em retomar meu diário. Não sei mais segurar uma caneta sem adquirir alguns calos, fiz curso de caligrafia, o TOC da letra de professorinha não me deixa desde então. Isso resulta em N calos no meu dedo pois numa única posição a letra fica bonita. Talvez isso tenha influenciado na merda de fazer pedagogia. O que eu tinha na cabeça quando comecei a fazer isso? Acho que o mesmo que quando começo a fazer qualquer coisa. Que iria terminar e talvez as coisas mudassem. Bem, não mudaram e tranquei a faculdade. Mania de interromper tudo, mas o que posso fazer se tudo parece extremamente difícil, tedioso e a recompensa é mínima?

Hoje saí da inércia e tô aqui escrevendo. Não faço a mínima idéia do que vem a seguir, é assim que sai, aos soquinhos, mas levando em consideração que estou com a cara cheia de cerveja já adianto que coisa boa não é. Não que os bêbados sejam pessimistas e depressivos, mas antes de tirar a roupa é de praxe tirar aquela máscara social que te obriga a dizer sempre "Tudo bem e você?". É o jargão dos que querem ser socialmente aceitos ou daqueles que fogem das perguntas constrangedoras e da cara de pena inevitável no final.

Há pouco tempo atrás eu diria que estava tudo bem, sinceramente. Não, não tá. Mania péssima de depender do que me cerca e das minhas impressões sobre isso pra estar bem. Além de curtir muito ter o controle do que me cerca sempre fiz a cagada de basear meus planos em pessoas. Resultado? As pessoas vão. Eu fico, e metade da minha base se vai com elas. Talvez eu pareça volúvel as vezes, mas é só decepção.

Por isso curto muito the sims. Quem dá problema e atrapalha a minha vida eu tranco em um quarto sem comida e ainda recebo seguro pra comprar uma cama nova que me faça dormir e acordar 100% dia seguinte, sem rivotril, sem ressaca moral.

Minha mãe está me chamando pra fazer um peixe. Talvez volte mais tarde e escreva algo, talvez desmaie bebada antes disso, talvez engasgue com a espinha do peixe, vai saber? Mas é aqui que recomeço minha vida, lendo as coisas de ontem, morrendo de vergonha da tal co-dependencia e dessa coisa infantil que é a expectativa e quem sabe viro gente.


C.